DescriptionBiblioteca do Palácio Nacional de Mafra - Portugal (28827783847).jpg |
Biblioteca
O Palácio Nacional de Mafra possui uma das mais importantes bibliotecas portuguesas, com um valioso acervo de cerca de 30.000 volumes, verdadeiro repositório do Saber. Situada no 4º piso da ala nascente do monumento, a Casa da Livraria ocupa a mais nobre e vasta de todas as salas do edifício, em forma de cruz com ca. de 85 m de comprimento e 9,5 m de largura. Pavimentada em pedra liós de várias cores, tem no centro uma abóbada apoiada sobre quatro arcos, fechada sobre uma pedra-mármore onde se vê esculpido um rosto humano representando o sol.
Acervo
Do acervo da biblioteca merecem destaque algumas obras raras como a coleção de incunábulos (obras impressas até 1500) ou a famosa "Crónica de Nuremberga" (1493), bem como diversas Bíblias ou a primeira Enciclopédia (conhecida como de Diderot et D’Alembert), os Livros de Horas iluminados, do Séc. XV, e ainda um importante núcleo de partituras musicais de autores portugueses e estrangeiros, como Marcos Portugal, J. de Sousa, João José Baldi, entre outros, especialmente escritas para o conjunto dos seis órgãos históricos da Basílica.
A atestar a importância desta coleção, uma Bula concedida pelo Papa Bento XIV em 1754, para além de proibir sob pena de excomunhão, o desvio ou empréstimo de obras impressas ou manuscritas sem licença do Rei de Portugal, concede-lhe autorização para incluir no seu acervo os livros proibidos pelo Index.
Para a constituição do seu acervo o Rei Magnânimo enviou ao estrangeiro emissários especiais encarregues de adquirir tudo o que de melhor e de mais novo aí se imprimisse. A Biblioteca possui uma coleção cujo arco temporal vai do século XV ao XIX, abrangendo temas tão diferentes como a Teologia, a Sermonária, o Direito Canónico e Civil, a História, a Geografia e Viagens, a Matemática, a Arte e a Música, a Medicina, entre outros. Todo este acervo se insere no contexto do aperfeiçoamento da imprensa até ao século XVIII, importante fator de desenvolvimento e difusão de ideias.
A Biblioteca, cuja arrumação atual teve início em finais do século XVIII com a posterior elaboração do catálogo a partir de 1809, por Frei João de Santa Anna. É curioso verificar que após um trabalho exaustivo e metódico do frade, de que resultou um catálogo manuscrito em oito volumes, as normas utilizadas para a organização do mesmo se mantêm com grande atualidade – entrada principal feita por apelido, obras anónimas têm entrada pelo título, bem como a utilização de remissivas.
Três dos fundos da Biblioteca – Fundo Mangens; Fundo Moderno; Fundo Possidónio da Silva – estão informatizados e acessíveis para consulta.
O catálogo bibliográfico pode ser consultado em: <a href="http://bibliotecas.patrimoniocultural.pt/" rel="noreferrer nofollow">bibliotecas.patrimoniocultural.pt/</a>. <a href="http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/recursos/bibliotecas-dgpc-apresentacao/biblioteca-do-palacio-nacional-de-mafra/" rel="noreferrer nofollow">www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/recursos/bibliotecas-dgp...</a> |